Atualidades

Nessa quinta feira (27), a operação “Ouro Limpo” que envolve a Policia Civil, o Procon e a Agência Nacional do Petróleo (ANP) realizaram a interdição de quatro postos de gasolina em Cariacica e um na Serra por alto índice de metano encontrado na composição do etanol.

Fonte: TV Vitória

Na amostra do etanol foram encontrados cerca de 13% a 30% de metano enquanto o permitido pelas normas nacionais é apenas 0,7%.

Especialista da ANP, Ary Bello, afirma que o excesso de metano pode ser prejudicial a saúde, em uma reportagem ao jornal A Tribuna ele diz:

 “O metano não é ruim apenas para os veículos, que não é fabricado para trabalhar com esse tipo de combustível. Para o corpo humano, a substancia é altamente danosa e, dependendo do grau de exposição, pode causar até cegueira”Bello, Ary. Pagina 27.

Os postos interditados vão responder processos por crime contra a ordem econômica, pode receber multas próximas a cinco milhões de reais além do risco de perder a alvará de licença de funcionamento.

Autores: Bárbara Gobeti, Gabriela Meireles, João Vitor Luzia, Laura Brandão, Matheus Machado e Vittor Hugo Teixeira. 

Aspectos químicos do Petróleo

A palavra “petróleo” deriva de “pedra” e “óleo”, pois é uma substância oleosa não renovável, escura (também chamada de ouro negro) que se origina da combinação entre moléculas de hidrogênio e carbono, um hidrocarboneto. Essa formação acontece pela decomposição de animais e vegetais que se tornam sedimentos biogênicos, a ação de oxigênio e outros micro-organismos. Esses compostos presentes no assoalho oceânico e no fundo de lagos durante milhões de anos, pressionados pelo movimento da crosta terrestre dão origem o petróleo. É uma substância altamente inflamável e compreende-se por não ser uma fonte renovável.

O petróleo é originário da mistura de vários compostos orgânicos, prevalecendo os hidrocarbonetos, que geralmente varia conforme a origem.

Esses hidrocarbonetos junto a pequenas quantidades de enxofre, nitrogênio e oxigênio, são encontrados em poros de rochas sedimentares ou fressuras nelas existentes, em sua forma original, pode ser encontrado em forma de gás natural que é composto por hidrocarbonetos mais leves e também em forma de óleo que contem hidrocarbonetos mais pesados.

Apesar de muito raro a utilização do petróleo em sua forma bruta, quando refinado é um dos principais pilares de fornecimento de energia do mundo. O petróleo depois de refinado fornece combustível, lubrificantes, material para pavimentação, solventes, entre outros. 

Depois de extraído o petróleo passa por um processo de separação para se retirar as impurezas, depois, o petróleo puro passa pelo processo de torre de destilação, um tipo de fornalha que tem sua temperatura gradualmente reduzida de acordo com a altura (quanto mais alto menos quente), conforme a imagem a seguir:

Refino do petróleo
Fonte:http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/upload/conteudo/refino-do-petroleo.jpg

Nesse tipo de processo, quando aquece o petróleo na fornalha os componentes passam de sua forma original para a forma gasosa sendo que os de maior massa molar ficam líquidos e são separados, os outros sobem e a cadaetapa passam por uma bandeja que os transformam em forma líquida novamente, os componentes mais leves continuam a subir enquanto os que se liquefazem vão sendo separados.

Ao final do processo de refino é possível encontrar vários compostos derivados do petróleo como o GLP (gás liquefeito de petróleo) que esta presente no nosso dia a dia domestico como o gás de cozinha e em carros à gás, a gasolina que atualmente é o combustível mais utilizado nos carros, o óleo diesel que é utilizados normalmente nos motores a diesel, óleos lubrificantes  usados em diversas ocasiões principalmente nos motores e peças automotivas, alguns resíduos utilizados na pavimentação de estradas, entre outros.

Autor: Matheus S. Machado

Relações socioeconômicas do Petróleo

O petróleo é a fonte de energia mais relevante do mercado no século XXI e sua descoberta representou um potencial de desenvolvimento social, econômico e tecnológico a nível global. É a matéria prima para diversos produtos industriais, tais como: plásticos, borrachas sintéticas, tintas, nafta petroquímica, etc. e para a produção de combustíveis fósseis, como a gasolina e o óleo diesel.  

A cultura contemporânea construiu seu modelo comercial utilizando o “ouro negro” como pilar social e econômico, tornando indispensável seu abastecimento para dar continuidade progressiva aos outros diversos setores da sociedade.  Seu consumo diminuiu nos últimos anos, mas ainda é um recurso essencial para a manutenção socioeconômica de uma sociedade industrial. É uma fonte de energia que representa 35% do total de energia consumida no mundo, sendo portando, a fonte de energia mais consumida do planeta. Os países que detém um relevante recurso petrolífero lideram o mercado, mantendo vantagens competitivas sobre os principais setores dentro da economia (transporte e produção de eletricidade) e mantém relações políticas e comerciais com os demais países que necessitam deste recurso, centralizando de certa forma, o poder e a influência.

Fonte: https://iqoption.com/land/start-trading/pt/?aff=36215&afftrack=Reservas%20mundiais%20de%20petr%C3%B3leo&clickid=

As reservas mundiais possuem um período estimado de duração. As reservas dos Estados Unidos e do Canadá possuem uma duração de menos de dez anos, pois apesar destes serem um dos maiores exportadores também são grandes consumidores e sua produção não abastece o consumo. Em 1960, os países exportadores de petróleo uniram-se para formar a OPEP (Organização dos Países Exportadores de Petróleo). Esse cartel formado estabelece cotas de produção e estabilização dos preços, com o intuito de evitar oscilações acentuadas no valor dos barris de petróleo.

Cerca de 60% das reservas de petróleo estão localizadas no Oriente Médio em uma região da Ásia próximo a África. Grande parte dos conflitos que ocorrem nestas regiões pela busca do petróleo envolve os Estados Unidos, pois estão inseridos em diversos contextos e acordos com os países exportadores.

O Brasil está entre os grandes produtores de petróleo, entretanto ainda não assume a posição de exportador. Com a descoberta dos recursos do pré-sal no litoral do Sudeste e com a descoberta de petróleo e gás na Bacia de Santos, o potencial brasileiro aumentou significativamente, determinando que dentro de duas décadas o país deva se tornar o sexto maior exportador mundial de petróleo. Atualmente, a produção diária brasileira de petróleo é de aproximadamente 1 milhão e 500 mil barris, segundo a Agência Nacional de Petróleo (ANP).

Fonte: https://geopoliticadopetroleo.wordpress.com/tag/submarinos/page/2/

Na Petrobrás o planejamento estratégico prevê segundo dados, que até 2020 o total produzido no Brasil e no exterior será de aproximadamente 6, 418 milhões de boe diários de petróleo

Os membros da OPEP, em 1970, diminuíram propositalmente a produção de petróleo para justificarem o aumento do custo, sendo diretamente apoiados pelos Estados Unidos e Europa. Em 1973, como consequência desse ato, deu origem à chamada Crise do Petróleo. Com o tempo houve o fim deste impasse, mas, posteriormente coma grande procura internacional principalmente pela China e Índia os preços se elevaram de novo.

Fonte: http://www2.aneel.gov.br/aplicacoes/atlas/petroleo/7_2.htm

Fonte: http://blogdopetroleo.com.br/campo-de-tupi-descoberta-que-mudou-o-brasil/

Autor: Vittor Hugo Teixeira Santos

O Petróleo e o Meio Ambiente

Consoante eventos atuais, podemos analisar os impactos ambientais e socioeconômicos causados por um eventual vazamento de petróleo no ambiente,tanto no mar, rios  e no continente, concomitantemente.

Quando ocorre algum vazamento de petróleo no ambiente, geralmente é causado por alguma falha humana (má navegação) ou mecânica (falha nas comportas) no transporte do combustível fóssil por meio dos navios petroleiros. Também ocorrem nas refinarias que geralmente estão no continente onde ambos impactos estão em evidência.

Fonte: hypescience

A fauna e a flora marinha são muito afetadas no momento em que esse petróleo é despejado na água do mar, criando grandes crostas de óleo preto na superfície marinha, o que impede a entrada de luz no ambiente aquático acarretando a diminuição na produção de oxigênio que as algas executam por meio da fotossíntese e as trocas superficiais entre oxigênio e carbono também são afetadas por esta parede de óleo que impede o contato da água do mar com a atmosfera impedindo essas trocas, assim como diminui a taxa de oxigênio dissolvido nessa zona superficial.

Os peixes ficam contaminados por substâncias tóxicas e nocivas para serem consumidos, mas na maioria das vezes eles não resistem a essas condições e morrem sem oxigênio. É nesse exato momento em que o pescador é prejudicado, pois a produção de peixe que ele iria garantir a subsistência de sua família ou comercializar localmente, devido a ação deste agente químico, não está mais aproveitável. No congo (África) acontece algo parecido, no entanto o petróleo e os resíduos do petróleo que são jogados nos manguezais contaminam as áreas estuarinas, eliminando estes e as espécies que ali vivem. A empresa que comanda aquela área se chama Shell e além do estrago causado no ambiente, ironicamente o desemprego aumentou, pois, a população da região não tem qualificação profissional para trabalhar na Shell, logo, ela contrata pessoas de outros lugares do mundo e as pessoas que viviam da pesca na região já não tem mais a segurança da própria subsistência. A empresa utiliza de brechas nas leis da República do congo e acordos com o governo para se manter em pleno funcionamento sem se preocupar com o povo do Congo.

Fonte: grupoescolar.

Espécies migratórias também são afetadas em casos como este, os pinguins, por exemplo, que no seu trajeto encontram esses obstáculos e acabam muitas vezes morrendo. A alguns anos atrás, ocorreu um grande vazamento na costa do Brasil o que afetou de forma perniciosa a vida marinha daquela localidade. Ocorreu na região do Rio de Janeiro onde se encontra uma das principais rotas de migração de muitas espécies variadas. Temos como exemplos, os pinguins, que vinham da Patagônia para regiões do norte do globo, se intoxicaram e morreram ou como muitos outros, ficaram com as plumagens preenchidas por petróleo e não conseguiram prosseguir caminho e devido à falta de mobilidade eles morreram afogados.

Autor: João Vitor da Silva Luzia.

Disputa pelo ouro negro

Apresentando característica inflamável e tonalidade escura, o petróleo é a fonte energética mais consumida universalmente e que corresponde a 34,3% das energias primarias, segundo dados de 2007 da IEA (International Energy Agency). Portanto, é inevitável que a riqueza que o petróleo gera, desencadeie grandes disputas, até mesmo guerras acirradas, que contam com a participação de potências mundiais que dependem dessa fonte não renovável, como também, de potências que possuem essa fonte não renovável em ampla escala em seu território – ambas demonstram o intuito de desenvolvimento de seus Estados garantindo uma grande escala econômica, matéria-prima e inovadoras tecnologias.

Primordialmente, o petróleo só despertou o interesse na primeira metade do século passado, com foco na localidade do Golfo Pérsico e da África, tais que sofreram investidas, principalmente dos estadunidenses e europeus. Consequentemente, ocorre uma interferência direta nas relações geopolíticas dos países envolvidos. E desde então os conflitos que surgiram contaram com a ação (direta ou indireta) dos interessados na fortuna oriunda da enorme quantidade de barris de petróleo que poderiam ser comercializados. Alguns exemplos:

• 2ª Guerra Mundial: ataque alemão a Azerbaijão, região pertencente da URSS, que acabou com a derrota dos alemães; Pearl Harbor, base militar estadunidense, é inesperadamente bombardeada pelos japoneses, que entre os motivos para o ataque era a exportação restringida de petróleo pelo seu fornecedor, os EUA.

"Invasão alemã ao Azerbaijão" Fonte: http://www.bbc.com/portuguese/noticias/2015/12/151203_conflitos_mundiais_petroleo_lgb_gch

• 1ª Guerra do Golfo: início em 1991, com a invasão do Kuwait a mando de Saddam Hussein para obter o poder do local e anexa-lo ao comando iraquiano. Entretanto, o Estados Unidos participou em apoio ao Kuwait.

"Invasão do Kuwait" Fonte: http://www.bbc.com/portuguese/noticias/2015/12/151203_conflitos_mundiais_petroleo_lgb_gch

• Conflito no Iraque e na Síria: a atual e violenta batalha que assola o Oriente Médio tem em um de seus objetivos a vontade do Estado Islâmico (grupo terrorista) de portar o poder sobre as reservas petrolíferas, porém, há também uma manifestação da Rússia e Estados Unidos, além da Turquia. O envolvimento desses países se estabelecem de maneira oposicionista e de apoio, o governo russo apoia o ditador Bassar al-Assad, os Estados Unidos juntamente com a Turquia se opõem ao ditador, porém, todos combatem em comum os extremistas do Estado Islâmico. Estima-se que, até agora, mais de 470 mil pessoas morreram, o que corresponderia a um número que ultrapassaria 11% da população total síria.

Ataques de autoria russa acontece em regiões da Síria e Iraque. Fonte: http://www.bbc.com/portuguese/noticias/2015/12/151203_conflitos_mundiais_petroleo_lgb_gch 

Cena do bombardeio em bairro de Aleppo, cidade síria. Fonte: http://g1.globo.com/mundo/noticia/2016/02/numero-de-mortos-em-guerra-civil-na-siria-chega-a-470-mil-diz-jornal-20160211100505516954.html

RESERVAS PETROLÍFERAS

As produções de petróleo são calculadas anualmente pela OPEP (Organização dos Países Exportadores de Petróleo), por consequência, são divulgados os relatórios com os dados da participação de cada país. Em 2016, a OPEP divulgou os dados correspondentes ao ano de 2015, no qual traz a lista com os países com “Reservas Comprovadas de Petróleo Bruto”, sendo respectivamente do maior para o menor, Venezuela, Arábia Saudita, Irã, Iraque, Kuwait, Emirados Árabes Unidos, Líbia, Nigéria, Qatar, Argélia, Angola, Equador, Indonésia e Gabão. Entretanto, mesmo a Venezuela garantindo o primeiro lugar, o país não se encontra em boa situação devido à má administração política que aplicou uma grande quantidade em dinheiro na nacionalização petróleo e depende de uma margem maior que 90% das exportações petrolíferas, ou seja, com o preço do barril em baixa, o resultado para o país agrava ainda mais, e consequentemente preconiza a vida dos cidadãos venezuelanos, que dependem da importação da maioria das outras mercadorias.

A crise mundial do petróleo atingiu todos os países produtores de petróleo, inclusive o Brasil. Além da baixa do valor do barril, o Brasil enfrenta uma grande crise política envolvendo a estatal Petrobras que está envolvida em tantos escândalos e tantas novas descobertas de corrupção. A empresa brasileira que um dia já teve seu auge consagrado há nove anos atrás no ranking referente as do continente Americano, alcançando o pódio em 2º lugar, todavia, em seus dias atuais não chega no top 100. Uma vez em que a descoberta do Pré-Sal, presente no território brasileiro, significasse uma grande oportunidade do país elevar seu patamar, chegando a um que lhe oferecesse um bom reconhecimento mundial, de acordo com a enorme quantidade de barris de petróleo em reserva, sendo estimado a quantidade de 87 bilhões de barris, – dados exibidos na comprovação da existência do pré-sal, em 2007. Dessa forma, o resultado será um vantajoso desenvolvimento econômico-social do país. Entretanto, pode ser considerado a posição de dependência em relação a descoberta dessa reserva, por conta do foco no investimento de enorme escala na área petrolífera – tomamos a Venezuela como exemplo. A empresa que já custou mais de R$ 500 bilhões, até o ano de 2016, custava cerca de R$ 73,7 bilhões. Além do amplo corte no número de funcionários, para custear a sua dívida, a empresa pôs à venda negócios que estavam sob seu controle a empresas privadas, sendo levantado um valor de R$ 13 bilhões no período de 2015/2016. Entretanto, há um interesse muito grande na BR Distribuidora, o maior ativo da empresa. O esquema de corrupção em que a Petrobras está envolvida, foi divulgado publicamente através da Lava Jato – um dos maiores esquemas brasileiro de corrupção. Mesmo com a onda de pessimismo que assola os empreendimentos da Petrobras, no último relatório divulgado pela OPEP, em 2016, referente ao ano de 2015, o Brasil ocupou o segundo lugar na tabela representativa das maiores reservas de petróleo bruto na América Latina.

Gráficos com os países com maiores reservas de petróleo, em 2015. Fonte: http://www.opec.org/opec_web/en/data_graphs/330.htm 

Fragmento da tebela que divulga as reservas de petróleo bruto em seus respectivos continentes. Brasil aparece em segundo lugar na América Latinha, em 2015. Fonte: http://www.opec.org/opec_web/static_files_project/media/downloads/publications/ASB2016_Section3.pdf

Autora: Laura Brandão Silva

A História do Petróleo

Campo de petróleo na Arábia Saudita
 Fonte: http://www.bbc.com/portuguese/brasil-37613325

O petróleo é um combustível fóssil e uma fonte de energia não renovável, que se formou devido à ação de bactérias, calor e pressão sob os restos de matéria orgânica soterradas pelas camadas de sedimentos acumuladas por milhares de anos no fundo dos oceanos.

Desde a antiguidade, o petróleo bruto já era utilizado pelas civilizações do Oriente Médio, já que nesta região encontram-se as maiores reservas desta substância, logo ela aparecia na superfície naturalmente. Porém, o processo de refinamento dessa matéria prima foi realizado pela primeira vez com sucesso pelo escocês James Young, que descobriu que era possível obter petróleo a partir do carvão e do betume.

Em 1859, o primeiro poço de petróleo foi perfurado na Pensilvânia, assim aumentando a produção de óleo cru nos Estados Unidos e marcando a data do acontecimento como o nascimento da indústria petrolífera moderna. Nesse contexto, os Estados Unidos conquistaram todo o controle do comércio mundial de petróleo até o final do século XIX, devido ao empresário John Rockefeller, que fundou em 1870 a Standard Oil Company, primeira e maior empresa de refino e comercialização da época.

“Descoberta” do petróleo no Brasil

Plataforma de petróleo na Bacia de Campos
Fonte: https://www.petronoticias.com.br/archives/80143

No início do século XX, já havia boatos sobre o uso de um tipo de “lama preta oleosa” no dia a dia de moradores de Lobato, na Bahia. Então, o agrônomo Manoel Inácio Barros, no ano de 1930, se interessou em testar e pesquisar sobre o achado para comprovar que realmente era petróleo. Não conseguiu apoio imediatamente, mas dois anos depois, em 1932, pode apresentar a Getúlio Vargas o laudo de sua pesquisa.

 O assunto ganhou popularidade e diante disso, surgiram discussões a respeito da nacionalização dos recursos do subsolo brasileiro. Essas discussões motivaram a criação do Departamento Nacional de Produção Mineral – DNPM, em 1938, que teve como uma das primeiras medidas tomadas, a determinação de que as jazidas seriam a partir daquele momento, pertencentes à União Federal.

O DNPM se sentiu na obrigação de iniciar perfurações na área de Lobato com o objetivo de desmentir a história de que havia petróleo no subsolo brasileiro. Os dois primeiros poços não apresentaram um bom resultado, porém para o espanto do governo, no dia 21 de janeiro de 1939 houve jorramento de petróleo no terceiro.

Com a expansão da busca de mais poços de petróleo no Brasil, em 1953 foi fundada a empresa “Petróleo Brasileiro S.A.”, conhecida popularmente como Petrobras. Na década de 1960, deu início a um projeto de exploração em águas profundas e ultra profundas, que em logo prazo tornou o Brasil um dos únicos países com esse tipo de tecnologia de exploração na área, em 1997.

Recentemente houve a descoberta da camada pré-sal, que é um enorme reservatório de petróleo e gás natural, localizado nas regiões litorâneas de Santa Catarina e Espírito Santo. Em 1970, geólogos da Petrobras já especulavam a possível existência de um reservatório nessa área do pré-sal, porém, ela só foi encontrada recentemente devido à insuficiência da tecnologia da época e porque a prioridade até o momento era extrair os recursos do pós-sal, que é uma camada mais superficial, e, portanto mais barata de investir. Há a chance do Brasil se tornar um dos maiores exportadores do mercado petroleiro mundial, caso essas reservas sejam tão grandes quanto dizem. 

Autora: Gabriela Meireles

O Petróleo e a Gasolina

         Composto por uma combinação de moléculas designadas de hidrocarbonetos, o petróleo é uma composição originada dos plânctons que se armazena nas profundezas de mares, rios e lagos.

Tambores de petróleo:
 https://thumbs.dreamstime.com/z/tambores-e-posto-de-gasolina-de-petr%C3%B3leo-29185944.jpg

A partir da refinação do mesmo inúmeros compostos podem ser produzidos, dentre estes compostos, a gasolina é o carburante com maior aplicação na contemporaneidade. A mesma é  originada a cerca de 5 mil metros de fundura, ainda sendo  matéria-prima, logo, ainda sendo petróleo. Inúmeros procedimentos podem ser realizados para a transformação do petróleo em gasolina, os procedimentos de refinação alteraram-se muito no sentido evolutivo, atendendo a demanda do aperfeiçoamento dos motores e o crescimento no consumo.

Os primordiais processos que originam  na formação da gasolina são:

DESTILAÇÃO: ao ser aquecido a cerca de 400°C, o petróleo é jogado para uma torre fracionária, resfria e volta ao estado líquido,  onde é dividido em várias porções, pela ação da pressão atmosférica. Durante todos os processos, produtos secundários são captados, como o diesel, querosene e a própria gasolina.

RECUPERAÇÃO DA GASOLINA NATURAL: uma parcela dos hidrocarbonetos da gasolina é levada pelo gás oriundo dos poços petrolíferos. A  gasolina natural é composta por esses hidrocarbonetos, e é possível de ser recuperada de várias formas.

Algumas etapas do processo de formação da gasolina: http://www.ebah.com.br/content/ABAAAAqcAAI/petroleo?part=2

CRAQUEAMENTO: esse procedimento baseia-se na fragmentação dos hidrocarbonetos de alta ebulição, para originar outros hidrocarbonetos de menor ebulição. Um exímio constituinte para a mistura final é a gasolina de craqueamento catalítico, por conta do seu alto nível do composto químico Octano( C8H18). Os hidrocarbonetos com características parafínicas e naftenícas, óleos leves e óleos com maior densidade respectivamente, possuem pouco nível de octagem, que é a capacidade da mistura do ar com o combustível de suportar as elevadas temperaturas e pressões formadas dentro da câmara de combustão antes da queima, são transformados em hidrocarbonetos olefinos e aromáticos possuindo alto nível de octagem.

HIDROCRAQUEAMENTO:  com a influência de um catalisador e do hidrogênio, esse processo baseia-se na craqueação de partes pesadas de petróleo, fazendo com que a  agilidade dos refinadores aumente, fazendo com que os mesmos trabalhem com uma enorme diversidade de cargas. As frações originadas no hidrocraqueamento são bastante inalteráveis, porém se essas frações forem fazer parte da gasolina final, carecerão de procedimentos de melhora que aumente o nível de octagem.

REFORMA: os procedimentos de reforma possuem a mesmo propósito, transformar hidrocarbonetos de baixa octagem na faixa da gasolina em hidrocarbonetos com elevada octagem. As reformas podem ser térmicas, em desuso e catalítica.

 ALQUILAÇÃO OU ALCOILAÇÃO: nesse procedimento são formados hidrocarbonetos líquidos a partir de gases de refinaria. É um procedimento com altos custos financeiros, porém com um excelente produto final.

POLIMERIZAÇÃO: procedimento que origina a gasolina como fruto dos gases de refinaria. Reagem apenas gases olefínicos. Porém, no Brasil esse procedimento não é utilizado.

ISOMERIZAÇÃO: origina hidrocarbonetos ramificados a partir de lineares. Os compostos são modificados sem ocorrem alteração no seu peso molecular.

No geral, a gasolina passa por processos de separação, conversão, onde as moléculas maiores são transformadas em moléculas menores e ocorre também a formação de subprodutos, e a fase final onde é removido a maior parte do enxofre originando uma gasolina tipo A. Essa gasolina, passa direto das refinarias para as distribuidoras. Porém, por intermédio da lei, a mesma sofre a adição de etanol, para aumentas os níveis de octagem e reduzir a exalação de poluentes. Resultando então, na gasolina comum que chega aos postos.

TIPOS DE GASOLINA: de acordo com o DNC- Departamento Nacional de Combustíveis a gasolina é dividida em 4 tipos:

Tipos de gasolina nos postos: http://gasoquimica.blogspot.com.br/

Gasolina automotiva tipo A: gasolina feita nas refinarias e repassada diretamente para os postos de distribuição, tendo como base de constituição a mistura de naftas.

Gasolina tipo A – Premium: possui uma fórmula especial, originada pela mistura de naftas de alta octagem , fornecendo resistência a detonação.
Gasolina C: é a gasolina comum, utilizada em automóveis e encontrada nos postos para ser revendida. Possui uma constituição de cerca de 21% a 25% de álcool.

Gasolina tipo C- Premium: gasolina com adição do álcool. O objetivo principal é atender os veículos com alta taxa de compressão e alto desempenho.

 Autor(a): Bárbara Gobeti Vicente